quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

penso, logo não durmo.

acho que sou um pouco de tudo, e tudo ao extremo. sinto demais, vejo demais, procuro demais, sou demais. e ser demais no sentido de ser demais e fazer de menos. tenho andado distraída, e sem muitas coisas na cabeça. ou talvez muitas, coisas até demais para uma só cabeça. uma só pessoa. e isso tem me dificultado pôr em ação os projetos, e eles são muitos, ô se são.sinto que agora tudo pulsa demais, e tudo rápido demais. nunca me vi tão parada e com tanta sede de agir. nunca. talvez seja o vazio que me foi obrigado à aceitar em periodo tão curto, talvez seja minha imensa vontade de querer abraçar o mundo com as pernas, talvez seja o fato de meus sentimentos estarem completamente confusos e eu não saber como agir. talvez seja o fato de eu não saber exatamente o que fazer num ano como esse que, querendo ou não, pode definir o resto da minha vida.hoje mesmo ouvi de uma das minhas favoritas que não adianta morrer de estudar e não ter tempo para o lazer, não ter tempo para a vida, além das obrigações. ela só me afirmou o que eu já tinha certeza, e agora, espero que mais pessoas me entendam quando eu disser que não vou prestar vestibulares, nem fazer cursinho esse ano. espero que me entendam quando eu disser que a vida foi feita para viver, e que para morrer basta estar vivo. e isso eu estou, e muito. no auge dos meus 16 anos os conflitos são tantos que tenho até medo de começar a pôr todos os meus pensamentos em ordem.são tantos os medos, são tantas as vontades...medo de terminar o colegial sem ter um relacionamento sério, medo de não ser ninguém na vida, medo de não ser feliz, medo de não poder jamais ser feliz fazendo o que gosto, medo de não conseguir nada.vontade de amar, de ser amada, de ter com quem ficar olhando o pôr-do-sol numa tarde onde nada mais faça diferença, vontade rir até a bochecha doer e a barriga queimar com tanto esforço dos pulmões. vontade de jogar tudo pelos ares.são coisas inevitáveis que agora, mais do que nunca, preciso organizar e deixar na ordem do que é melhor e mais importante. me lembrando sempre, de que o que é melhor nem sempre é importante e o que é importante nem sempre é melhor.eu preciso, de fato, de um tempo só pra mim.fazem 7, quase 8 meses que não me tenho só para mim, e isso me faz uma falta...às vezes até meu toque me dói a saudade.