sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quero.

Intenso. Profundo. Quente. Molhado. Insano. Eloquente. Eterno enquanto durar. Quero fogo ardendo dentro do peito. Quero sangrar até dizer chega. Jurar que não tem volta. Quero chorar até soluçar e quando acreditar que as lágrimas acabaram olhar pra frente e perceber que foi só mais um tropeço. Quero perder o juízo, ficar ensandecida e acreditar que é o fim do mundo. Quero realidade. Quero vida. Quero respiração ofegante no pé do ouvido. Quero um amor pra chamar de meu. Ter ciúmes e poder ser drama queen. Quero intenso. Quero profundo. quero quente, molhado, insano. Quero eloquente. Quero meu e só pra mim.
Falo de um amor sem gênero. Sem o sexo do outro ser posto em questão. Falo de um amor de alma. Um amor que seja de verdade: cheio de defeitos. Falo de uma utopia. De uma coisa que não existe, mas que pode ser tornada realidade.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Verbalizando

Os sentimentos eram tantos. Todos tão bem escondidos, que com um pouco de birita eles começaram a sair. Gritavam por liberdade. Sairam sem pedir licença, quiseram o espaço deles. Quiseram sair e isso lhes era de direito. Foram virando simples adjetivos e quando eu menos esperava eles viraram verbos. Verbos que poderiam ser conjulgados e, mais do que isso, julgados por qualquer um a qualquer momento. De forma alguma eu os faria calar e ficar presos por mais um longo tempo. Na verdade a minha vontade de fazê-los vivos era maior do que as vontades dos sentimentos (con)julgados de serem finalmente libertos.
Eu já os entendo perfeitamente, eles esperam -e eu mais ainda-, que um dia eles sejam entendidos por aquela que fez dos sentimentos lúdicos um fato vivo e quente em meu peito.
É claro que as biritas da noite os fizeram ainda mais quentes, mas nada disso muda a sua veracidade.
Uma hora. Um dia. Uma semana. Um mês. Um ano. Agora é esperar.