terça-feira, 28 de outubro de 2008

Às vezes eu me sinto até mal por conseguir sorrir em dias como esses. Eu não posso ser julgada culpada por apenas tentar seguir minha vida adiante sem perder nenhum minuto dela. Não posso ser julgada culpada por um crime que não cometi. Eu bem que queria chorar e ficar depressiva, deitar na minha cama e passar horas chorando e lamentando o leite derramado. Seria tão mais fácil, tão menos doloroso.Mas não foi isso que eu aprendi por toda a minha vida, não foi isso que ela me ensinou.Ela sempre me ensinou a ser forte e olhar pra frente com perseverança. Ter objetivos e traçar caminhos para alcançá-los, e sempre com um plano B, claro, afinal, nem tudo pode dar certo de primeira. Me desculpa pai, por não conseguir demonstrar minha dor e chorar no seu colo, assim como meu irmão faz. Me desculpa pai, por não conseguir te dizer que você tem sido o melhor pai do mundo, e que tem me dado força em todos os sentidos (mesmo eu sendo essa filha de merda!).Obrigado pai, por ser simplesmente quem você tem sido, por ser simplesmente meu pai.

E hoje eu vi uma borboleta. Estávamos voltando para casa de carro, e eu me assustei com um vulto ao meu lado. Quando olhei era uma borboleta, linda e livre. Voou ao nosso lado por algum tempo (longo, diga-se de passagem), e de repente, ficou parada, voando no mesmo lugar, nos olhando partir.

E eu sei que você vai sempre estar aqui.

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