domingo, 30 de novembro de 2008
e o pulso ainda pulsa
Eu preciso de emoção, ação, REALIDADE. E tudo que me segue parece irreal.
No som a arte do grande Renato, e de samba-canção eu pego um livro para ler. As lágrimas começam a rolar, e era como se nada pulsa-se aqui dentro. Todo sentimento bonito que eu poderia sentir, já não mais fazia sentido, e toda a minha tristeza era revertida em ódio, raiva.
Mas porque, se tudo o que vivo fui eu mesma quem procurei?
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Eu me proibi de sentir qualquer atração que fosse durante esse tempo, todos esse acontecimentos, mas chegou a hora de voltar a ser uma pessoa viva, sentir o coração pulsar e lembrar que ainda vivo!
Esse feriado me fez sentir algo, algo que eu ainda não consegui saber do que se trata, embora tenha certeza que esse friozinho na barriga vai passar em menos de uma semana. Mesmo sabendo que mesmo que eu queira, nada posso continuar.
Sendo bem sincera, eu sinto algo há mais ou menos 6 meses, e nada que eu possa dizer 'esse vai pra frente, esse continua, esse vai me fazer bem!', eu sei que não vai. Não tenho muita sorte com relacionamentos. O máximo que já consegui foram dois meses e meio e ainda assim, foram dois meses e meio empurrados com a barriga, levando todos o chifres e ouvindo todas as mentiras mais esfarrapadas do mundo.
Quem me conhece sabe o quanto eu preso um relacionamento sério, sincero e fiel, e convenhamos que nesse mundo lésbico hoje em dia isso é quase impossivel. Até mesmo os gays, que tem fama de fazerem todas as orgias imaginaveis são mais fiéis que nós, lésbicas (por falar em lésbicas, na novela o Léo acabou de chamar a lésbica da novela de pervertida e doente).
O que eu quero dizer, afinal, é: preciso urgente de afeto, antes que eu me torne -de novo- em uma pedra que não diz nem um 'eu gosto de você' para o próprio pai. Preciso de carinho, de colo, de abraço e de beijo. E que dessa vez seja sincero, com sal e limão, por favor.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Às vezes eu me sinto até mal por conseguir sorrir em dias como esses. Eu não posso ser julgada culpada por apenas tentar seguir minha vida adiante sem perder nenhum minuto dela. Não posso ser julgada culpada por um crime que não cometi. Eu bem que queria chorar e ficar depressiva, deitar na minha cama e passar horas chorando e lamentando o leite derramado. Seria tão mais fácil, tão menos doloroso.Mas não foi isso que eu aprendi por toda a minha vida, não foi isso que ela me ensinou.Ela sempre me ensinou a ser forte e olhar pra frente com perseverança. Ter objetivos e traçar caminhos para alcançá-los, e sempre com um plano B, claro, afinal, nem tudo pode dar certo de primeira. Me desculpa pai, por não conseguir demonstrar minha dor e chorar no seu colo, assim como meu irmão faz. Me desculpa pai, por não conseguir te dizer que você tem sido o melhor pai do mundo, e que tem me dado força em todos os sentidos (mesmo eu sendo essa filha de merda!).Obrigado pai, por ser simplesmente quem você tem sido, por ser simplesmente meu pai.
E hoje eu vi uma borboleta. Estávamos voltando para casa de carro, e eu me assustei com um vulto ao meu lado. Quando olhei era uma borboleta, linda e livre. Voou ao nosso lado por algum tempo (longo, diga-se de passagem), e de repente, ficou parada, voando no mesmo lugar, nos olhando partir.
E eu sei que você vai sempre estar aqui.
sábado, 4 de outubro de 2008
O que vocês tem? Tristeza...
-Vou subir - a voz tremula e o andar pesado deixavam claro que o sentimento que lhe perseguia não era bom.
- Vai dormir já? - disse a filha preocupada e estranhando a voz do pai.
- Vou sim.
- O que você tem?
- Nada.
- O que você tem, Pai? - diz a filha com a voz, dessa vez, mais rude.
- Eu não tenho nada, estou cansado, posso..?
E o silêncio voltou a perturbar todas as mentes. A da garota principalmente.
"Eu preciso subir e ir falar com ele, alguma coisa foi, ele tá estranho, eu preciso falar com ele. será que ele descobriu o meu piercing e tá puto? CA-RA-LHO! Eu sou uma merda mesmo, só faço merda, só faço ele de decepcionar, que merda!"
A garota subiu e desceu a escada várias vezes, e sempre se deparava com o barulho do chuveiro. Ela deu um tempo, e ouviu a porta se abrir, deu outro tempo, e subiu:
- Pai, o que você tem?
- Nada filha... - a resposta vaga do pai a deixou muiito preocupada.
- Dá pra você conversar comigo? todo mundo viu como você subiu as escadas, viu como você tava, porra...Eu tô crescidinha, e não aguento mais ser tratada como criança, até com o seu filho, que é mais novo do que eu, vc conversa normalmente e conta as coisas... Só pq eu sou a unica mulher da casa agora? que merda é essa? eu tenho que estudar, cuidar da minha vida, e não dar dor de cabeça pra ngm, mas você pode ficar fazendo essas coisas e me deixando louca? O que você tem?
- Tristeza, filha...Tristeza...
De novo aquele silêncio que, agora, parecia fazer parte de todas as conversas dos dois ali presentes.
- É só isso mesmo?
- É...
A menina fica em silêncio - de novo - levanta e da um abraço no pai, que estava deitado na cama e nem se moveu. Ela ficou ali por alguns momentos, e quando percebeu o choro do pai levantou e saiu do quarto. Na porta perguntou se ele ficaria ali, e ele disse que sim, enchugou uma lágrima, e voltou o olhar para a TV, que passava um jogo qualquer de futebol. A filha deu boa noite, e desceu a escada. Sentou em frente a tela do computador, e desabou em choro, sentiu o coração sendo arrancado sem nenhuma pena, os olhos ardiam, e a respiração ficava forte.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
[des]equilibrio
eu ainda não sei se isso que eu sinto é tristeza ou raiva. eu tenho raiva da mulher que me pois no mundo e me deixou tão cedo. mas eu tenho tristeza de saber que ela não fez isso por que queria (não agora) e foi tão nova, mesmo ainda tendo vários planos. eu tenho raiva da minha família por não ter me dado um abraço descente até agora, e só ter me jogado, cada dia mais, um responsabilidade nova. mas eu tenho tristeza em me sentir só. eu tenho raiva dos meus amigos, que me dão apoio e me fazem ser forte (eu sei que eu ja disse que odeio isso, mas me faz bem) e me abraçam quando eu preciso, e sabem exactamente como me fazer ficar UP. e eu tenho tristeza em saber que não posso contar com eles todos os dias. os momentos de felicidade ficam por conta da minha máscara diaria, aquela que todos nós vestimos, só para parecer um pouco mais feliz, escondendo o que acontece de verdade dentro de mim, ocultando toda a dor que tem me deixado assim; desequilibrada.
sábado, 6 de setembro de 2008
tentar, sim. conseguir, talvez...
desde então eu não tenho conseguido escrever nada além de meras frases e pensamentos pequenos. eu me lembro de poucas coisas, minha mente fez questão de apertar a tecla 'delete' dois dias depois. eu não me lembro dos momentos que passamos juntas, nem da forma como você me olhava quando estava feliz. eu só me lembro da sua voz, porque quando quero ouvi-la, ligo para o seu celular e ouço a sua menssagem de caixa postal. eu só me lembro do seu cheiro porque uso seus perfumes com a desculpa de que os meus acabaram; mentira, eu quero é te ter perto em cada instante. eu sinto falta do seu colo, mesmo não me lembrando da senssação que ele me causava. agora o que me resta é o vazio. o vazio de quem um dia já viveu muitas coisas e agora vive com amnésia. e por incrível que pareça, eu só me lembro das broncas e dos choros. talvez seja uma forma de eu lidar com todo esse vazio e não ficar chorando à todo momento. eu sei que o vazio que eu tenho jamais será preenchido por outra coisa ou se quer pessoa. talvez eu deva parar de escrever e me conformar com a minha falta de talento para o mesmo...
domingo, 31 de agosto de 2008
Eu Queria
Talvez eu devesse ficar em casa e chorar o que ainda não chorei, falar o que ainda não falei, sentir o que ainda não senti, entender o que ainda não entendi. Eu só sei que o meu vazio é grande, e só aumenta, que a minha angústia é tenebrosa, que meu riso é forjado, que minha respiração é forçada, que meu sonho foi deletado. Eu também ainda não entendi o porquê da minha mente ter deletado todos os instantes bons de antes de tudo, e todos os acontecimentos depois da notícia. Me perco nos fatos e no tempo, não sei o que já aconteceu, nem que dia é hoje. Embora saiba muito bem que hoje fazem exatos sete dias; às 23hrs30min para ser exata. Eu queria poder me lembrar de tudo e fazer com que tudo isso faça algum sentido. Não é normal alguém estar tão atordoada como estou. Claro o que me aconteceu não é nada normal.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Foi o melhor
Eu até estou estranhando como as coisas começaram a ser normais tão rápido. Hoje eu já fui pra escola e acho que me fez bem, mas eu ainda preciso de solidão. Graças a Deus meu irmão está melhor, mais tranquilo, e meu pai conseguindo lidar com as coisas de uma forma mais calma. Eu sempre imaginei o caus numa situação dessas e estou muito orgulhosa deles. Mas cada um sabe o que sente por dentro, e eu sei bem o vazio que sinto agora, embora não o compartilhe com todos. Espero manter a calma, por que acho que vou explodir. Quando menos imaginar.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
desabafo - mais um.
eu sei que as pessoas me conhecem por ser a criatura que ri alto, fala o que pensa, pula, brinca; não pára. eu sei que a minha mudança foi brusca desde o começo do ano pra cá, mas eu não podia ficar a vida inteira sendo mais uma mácarada, sem demonstrar os sentimentos. na verdade o nome disso sempre foi FALTA-DE-AMOR-PROPRIO. sempre pondo os outros em primeiro plano, querendo ver aqueles bem queridos por mim bem o tempo em inteiro, me esquecendo de pensar em mim, párar pra pensar no que eu deveria fazer em determinados momentos. talvez os fatos de uns tempos pra cá ajudem a todo esse amadurecimento precoce, talvez eu só precise ficar um tempo longe, longe da minha familia, longe dos meus amigos, longe dos lugares que eu gosto, longe da minha VIDA. e mais perto de mim. da minha alma, de mim. dá pra entender? eu quero dizer... preciso párar quieta, pensar, refletir, me preparar pro que está por vir, me esquecer do que já aconteceu, por o pé no chão. APRENDER. aprendi de mais em 8 meses, aprendi de mais em 1 semana, em 3 dias. tenho que esquecer dos outros, lembrar de mim. preciso párar de pensar um pouco. ficar o dia todo vendo um lado crítico das coisas me faz sofrer, me faz pensar, e pensar dói. não é mentira. faz a alma crescer e entristecer. o mundo é feio, é cretino, é escroto, é triste. e que merda, por mais que não pareça, tudo isso faz parte de mim, tudo isso me faz chorar, tudo isso me faz mau, tudo isso me faz querer párar de respirar.
querido avô,
sábado, 9 de agosto de 2008
beijos :*
domingo, 3 de agosto de 2008
Tudo sumiu: os sonhos mudaram e agora são mais audaciosos; os objetivos não incluem um vestido branco com uma super cauda, véu e grinalda, mas incluem
realização pessoal - que vai muito além do que os olhos desprovidos de ambição possam ver.
Agora ela é tratada como quer, e não como uma criança indefesa que precisa de ajuda pra tudo; ela impõe respeito, todos a olham com certo medo, sem saber qual vai ser sua próxima ação, com medo de uma possível explosão com arrogância gratuita.
Cuidado, você pode ser o próximo a se ferir.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
já pararam para pensar em como nossas vidas se limitam à apenas algumas escolhas?
tudo bem que uma aceitação passiva e submissa pode acarretar a sofrimentos; cai fora pode acarretar mudanças, e virse-versa.
e eu tomei como principio alguns fatos ocorrentes na minha vida, e vi que é bem isso mesmo, vc sempre vai ter como opções essas 4 categorias, podendo sim interpreta-las e chama-las de qlq outra forma, mas sempre, num geral, vão ser essas 4 opções e para uma delas vc vai correr.
você já parou pra pensar em como nossas vidas se limitam à apenas QUATRO escolhas?
quarta-feira, 30 de julho de 2008
e mesmo ela tendo apenas 16 anos, sabe bem que o que quer é ser feliz, se importando sempre com a forma que vai caminhar, afinal, quem planta, sempre colhe.
e ela também sempre sonhou com a mulher de sua vida, a mulher sim. porque não?
sexta-feira, 23 de maio de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
agora você vem e me diz que nunca quiz deixar chegar onde chegou, que eu me equivoquei ao te amar, e que sempre vou ser solitária, até, pelo menos, aprender a ser mais sincera comigo mesma. e como dizer...eu fui fiel a algo que jamais existiu, que sempre foi coisa só minha, que ngm(você!) jamais sonhou comigo. e é isso, um dia eu tinha que acordar pra realidade, e esse dia chegou. que duro. e só de pensar que o que eu pedia, não era nada de mais.
sábado, 8 de março de 2008
e é muito DESconfortante o fato de eu saber que esse espaço não é só meu, eu o divido, e é incrível a dor que me doi no peito todo o tempo. só de lembrar que eu ainda nao o conquistei, nao o tenho pra mim, nao posso dizer 'é meu'. éééé, foda; e eu com a minha falta de dominio nos meus textos de cunho emocional, sempre vira essa farofada toda aqui.
e sabe qnd você percebe que seus meios começam a mudar? sua vontade de sair, suas escolhas, os lugares, as pessoas?...tudo mudando, e eu mudo juntamente.[?]
enfim, eu indico amor á todos os corações escuros, assim como o meu ERA;*